Votorantim.hub: tecnologia e sustentabilidade para criar o futuro desejado

Empresas do grupo Votorantim promoveram evento em São Paulo

Por Conexão Mineral 17/05/2019 - 17:42 hs

Votorantim.hub: tecnologia e sustentabilidade para criar o futuro desejado
Estande do Centro de Excelência da Votorantim

A Votorantim S.A. organizou nos dias 14 e 15 de maio, em São Paulo, o Votorantim.hub, evento de inovação reunindo todas as empresas do grupo (Nexa, Votorantim Cimentos, Companhia Brasileira de Alumínio, Votorantim Energia, Citrosuco, Banco Votorantim, além do Centro de Excelência), cada uma respondendo à seguinte pergunta: "Qual o futuro que desejamos estar e ajudar a construir?". As empresas mostravam suas iniciativas em estandes individuais e participavam, juntamente com convidados, de um ciclo de palestras realizado em uma grande arena central.

"Somos a holding investidora e um de nossos papéis é visualizar oportunidades de negócio e inovações que garantam a perenidade de nossas empresas no futuro. Buscamos fazer com que nossas investidas sejam sustentáveis não apenas sob a ótica financeira, mas também sob o olhar social e ambiental, investindo sempre no futuro e nas pessoas", afirma João Miranda, CEO da Votorantim S.A.

A Nexa mostrou, por exemplo, o programa Mining Lab, que utiliza da expertise de startups para desenvolver soluções para suas operações, e o Digital Mining, voltado à automatização das unidades no Brasil e Peru, com foco no conceito de mineradora 4.0. O visitante podia participar de uma experiência de realidade virtual envolvendo a operação de uma mina e também conhecer mais sobre a presença do zinco em vários produtos de uma casa. 

Rodrigo Gomes, gerente geral de Inovação da Nexa, mostrou durante sua palestra os diversos projetos da mineradora rumo à operação mais produtiva e sustentável. Ele mostrou iniciativas como a redução de 30% de emissões de gases que geram o efeito estufa na planta de Três Marias com o uso de biomassa na geração de vapor. Outro projeto envolve a geração de energia solar com uso de equipamento flutuantes nas barragens. Em Paracatu (MG), a economia circular é uma realidade e a empresa comemora o resíduo zero. Em Vazante, o início do empilhamento a seco permitirá o uso do resíduo sólido em produtos como porcelanato, cerâmica e fertilizantes.

Em relação à tecnologia, Gomes destacou a detonação remota, muito importante para garantir a segurança do blaster, principalmente em uma mina subterrânea. A robotização também já é uma realidade na operação peruana, na  verificação da frente de lavra recém-detonada, proporcionando maior segurança para os funcionários. Ventilação sob demanda na mina subterrânea, chips nos capacetes dos funcionários para que as máquinas em operação detectem a presença humana e operação remota e autônoma de equipamentos são outras ações em curso, assim como o uso de inteligência artificial para tratamento de bases de dados em busca de novas áreas para exploração, evitando o  deslocamento de equipes em locais por vezes inseguros e aplicação de drones para avaliação de magnometria.

Votorantim Cimentos

“Temos solidez para entregar o que propomos com excelência, ter uma atuação global e ser líder nacional em cimentos. E flexibilidade para nos adaptarmos às novas necessidades da sociedade, usando as tendências e evoluções tecnológicas para aproveitar melhor os recursos e evoluir os processos”, afirma o CEO Global da Votorantim Cimentos, Marcelo Castelli.

A Votorantim Cimentos abordou a sua jornada de transformação para além do setor da construção civil. No estande da empresa foram apresentadas as soluções que vão ajudar a agricultura a produzir mais, o processo da gestão de resíduos para diminuir a pegada de CO2 (o gás que causa o efeito estufa), a evolução logística de sua  concreteira e mais detalhes do programa de fidelidade que está desenvolvendo e modernizando o varejo da construção civil no país.

Na área sobre soluções para o solo, a Votorantim Cimentos mostrou como o calcário agrícola nutre o solo e melhora a produtividade. É o mesmo mineral que fabrica o cimento para fins agrícolas. Apresentou também uma nova solução para a área agrícola: uma proteção solar para as plantas.

Em coprocessamento, mostrou o emprego de materiais alternativos para substituição de combustível fóssil, utilizado nos fornos para fabricação de cimento. A última novidade nessa área é a utilização de resíduos de lixo urbano. O lixo urbano é um desafio global. O Brasil produz anualmente mais de 78 milhões de toneladas de resíduo urbano, segundo cálculos da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Cerca de 41% do volume do lixo coletado no país é descartado em local inadequado. O coprocessamento de CDR (Combustível Derivado de Resíduo) é uma alternativa viável para diminuir o impacto do lixo urbano, reduzir o volume depositado nos aterros sanitários e transformar parte desse resíduo em energia para a produção de cimento.

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) mostrou que mudou sua forma de fazer negócios, implementando uma nova marca no mercado e reposicionando sua estratégia de atuação. Foi apresentado todo o processo de cocriação com clientes, desde a prototipagem até o desenvolvimento da solução final. 

Mas uma das áreas que mais despertou interesse dos visitantes foi o estande do Centro de Excelência (CoE), que presta para serviços para todas as empresas do grupo, agindo como um núcleo acelerador de ideias e soluções, empregando para isso novos padrões como Data Driven, Inteligência Artificial, Autômatos, que associados às metodologias de análise de processos, User Experience Design e técnicas de inovação, permitem a criação de produtos e serviços digitais com foco na performance dos negócios.

João Donizeti dos Santos, diretor Corporativo de TI da Votorantim, explica que cada empresa tem um nível de maturidade diferente em relação aos conceitos de Indústria 4.0, porém todas possuem iniciativas nesse sentido. A CBA é uma das mais adiantadas e a Votorantim Cimentos também desenvolve um trabalho muito estruturado nesse sentido. 

"A inteligência artificial é utilizada em várias iniciativas dentro do CoE. Temos um trabalho importante de robotização e há alguns anos utilizamos na área administrativa para ações repetitivas. Agora estamos caminhando para um nível acima, mais analítico. Por exemplo, a Inteligência de Cadastro é um projeto para saneamento inicial dos dados existentes e  aplicação nos novos cadastros. Também desenvolvemos o Comprador Virtual, para aquisições pequenas de itens regulares", explica o diretor.